O número dos casos de dengue
em janeiro de 2015 superou em 57,2% os casos do mesmo período do ano
passado. De acordo com o Ministério da Saúde, foram quase 41 mil casos
este ano contra 26 mil em janeiro de 2014. O ministro da Saúde, Arthur
Chioro, considerou a escassez de água um dos fatores determinantes para o
aumento dos casos.
“A falta de água que acontece
em muitas partes do país e faz com que as pessoas armazenem a água em
condições não adequadas, sem a devida proteção. Isso, sem dúvida
nenhuma, é um dos fatores desencadeantes”. Chioro, no entanto, ressaltou
que outras regiões, que não sofrem com falta de água, também
registraram mais casos de dengue. “Portanto, não dá pra brincar. É
preciso que cada um faça sua parte”.
Apesar do aumento nos casos, o
número de mortes pela dengue apresentou forte queda. Se em janeiro de
2014 houve 37 mortes, no mesmo período de 2015 esse número caiu para
seis. “Isso significa que os nossos serviços de saúde, médicos,
enfermeiros e demais profissionais estão atentos aos sinais de
agravamento: isso é decisivo para não deixar que as pessoas morram de
dengue”, avaliou Chioro.
Além disso, os casos
denominados como “dengue com sinais de alarme”, quando a doença tem mais
chance de se agravar, também caíram. A redução foi de 80,8%, com 402
registros em janeiro de 2014 e 77 registros no ano seguinte. Os casos
graves, por sua vez, caíram de 49 para 14.
O ministro esteve hoje (7) em
Valparaíso, em Goiás, para a campanha de mais um dia de mobilização
contra a dengue e chikungunya, o chamado Dia D. O ministro, junto com o
governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, visitaram duas casas
e verificaram se havia possíveis criadouros do mosquito.
“As garrafas estavam pra
baixo, os brinquedos não estavam espalhados no quintal, a caixa d'água
estava bem fechadinha. Ela é uma cidadã que vem fazendo sua parte. Mas
não adianta ela fazer a parte dela e o vizinho não fazer a dele”, disse o
ministro, após visitar a casa de Maria José da Silva, moradora do Céu
Azul, em Valparaíso.
Em frente às casas visitadas
pelo ministro, a prefeitura de Valparaíso montou vários estandes para
mobilizar a população sobre os cuidados para prevenir a dengue e
chikungunya. Cartilhas e orientações estavam disponíveis para os
moradores da região. Além disso, nutricionistas, pediatras,
nutricionistas, oncologistas e outros profissionais de saúde também
estiveram lá para atender a quem precisasse.
A professora Antônia de
Oliveira aproveitou a oportunidade para buscar os atendimentos de que
precisava. “Vim aqui hoje porque não tive tempo durante a semana.
Aproveitei para medir a glicose, glicemia, pra ver como está. Fui
atendida rapidamente. Falei com a doutora e ela já me deu encaminhamento
de que eu precisava. Estou satisfeita”.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial