Jornais do Azerbaidjão (Blog N. 46 do Painel do Coronel Paim) - Parceria: Jornal O Porta-Voz

sábado, 17 de outubro de 2009

Brasil realizará vacinação contra gripe suína entre março e abril de 2010, diz Temporão

DIANA BRITO
colaboração para a Folha Online, no Rio

O ministro José Gomes Temporão (Saúde) anunciou na noite desta sexta-feira que a campanha de vacinação contra a gripe suína --a gripe A (H1N1)-- será realizada entre março e abril do próximo ano no país. O ministro não prevê, entretanto, a imunização de toda a população, mas garantiu que as pessoas que fazem parte de grupos de risco serão vacinadas.


"O Brasil não vai vacinar 190 milhões de habitantes, mas nós trabalharemos com uma estratégia que proteja os grupos mais vulneráveis. Já sabemos que mulheres grávidas, idosos, crianças muito pequenas, profissionais da saúde, e pessoas de baixa imunidade ou em grupo de risco terão de ser vacinados", afirmou Temporão, que participou da Conferência Estadual de Saúde Ambiental no Rio.

A data exata do início da campanha ainda não foi definida. Segundo o ministro, porém, a previsão é que a vacinação comece no final do primeiro trimestre de 2010. "Nossa expectativa é que em março e abril do ano que vem estejamos com essa campanha nas ruas", disse.

Cerca de 18 milhões de doses da vacina serão produzidas pelo Instituto Butantan, em São Paulo, enquanto o restante --cuja quantia não foi informada-- será fornecida pelo fundo rotatório da Organização Pan-americana da Saúde e de outros produtores privados. Atualmente, a pasta prepara a licitação internacional para a compra das vacinas.

Segundo Temporão, o governo federal liberou um crédito de R$ 2,1 bilhões que deverão ser utilizados para a compra da vacina e medicamentos, para a ampliação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), além da capacitação de profissionais da saúde e da educação.

Pandemia

Último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, do dia 16 de setembro, contabilizava 899 mortes por gripe suína no país, número que diverge dos dados das secretarias estaduais de saúde.

Temporão disse acreditar, no entanto, que a situação será menos grave em 2010 no Brasil.

"Dispondo do medicamento, a expectativa é que o ano que vem seja diferente deste ano", disse. "Vamos acompanhar também o que vai acontecer no Hemisfério Norte. Eles ainda não entraram no inverno, mas as informações que nós temos é que o número de internações por síndrome gripal nos EUA, Canadá e Europa já começaram a aumentar e eles estão iniciando a vacinação justamente agora".

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Gripe H1N1 pode matar muito rápido, dizem pesquisadores

Estadão

O novo vírus da gripe H1N1 está "atacando de modo diferente" das gripes sazonais, matando mais jovens do que as gripes comuns e, frequentemente, matando-os com muita rapidez, disseram dirigentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira.

Uma análise de estudos feitos nos sete meses de circulação do vírus H1N1, também conhecido como gripe suína, mostra que normalmente ele é brando, mas pode causar sintomas severos e incomuns em algumas pessoas, segundo um encontro promovido pela OMS em Washington nesta semana.

"Participantes que lidaram com casos como esses concordam que o quadro clínico em casos graves é claramente diferente do padrão da doença visto durante as epidemias sazonais de gripe", disse o doutor da OMS, Nikki Shindo, durante o encontro.

A gripe H1N1 foi declarada uma pandemia em junho e está se espalhando globalmente. A OMS parou de contar os casos, já que não há testes suficientes para diagnosticar todas as pessoas doentes.

Também nesta sexta-feira, a doutora Anne Schuchat, do Centro para Prevenção e Controle de Doenças, dos Estados Unidos, disse que 86 crianças norte-americanas morreram de gripe H1N1, a maioria com idades entre 5 e 17 anos, grupo que normalmente escapa de sérias epidemias de gripe.

Normalmente, a influenza é uma doença do trato respiratório superior, afetando nariz e garganta. Mas o H1N1 vai mais além, atingindo os pulmões.

Shindo disse que a OMS está se empenhando em compreender quais são os fatores de risco para uma séria irrupção de gripe

H1N1.

"Embora o exato papel da obesidade seja pouco compreendido no momento, a obesidade, e especialmente a obesidade mórbida, foi amplamente constatada em um grande número de casos severos e fatais", disse Shindo. "A obesidade não havia sido reconhecida como um fator de risco em epidemias passadas ou gripes sazonais."