Jornais do Azerbaidjão (Blog N. 46 do Painel do Coronel Paim) - Parceria: Jornal O Porta-Voz

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Tamiflu causou efeitos colaterais e pesadelos em crianças, diz estudo



Chris Radburn/Reuters
Cartela do Tamiflu, recomendado contra gripe suína, causaria efeitos colaterais em crianças



Dois estudos divulgados nesta quinta-feira (30) com crianças britânicas mostraram que mais da metade das que tomaram Tamiflu, medicamento indicado para prevenção e tratamento da gripe suína, sofreram de efeitos colaterais, como náusea, dores, insônia e até pesadelos.

Os estudos foram conduzidos por especialistas da Agência de Proteção de Saúde (HPA, na sigla em inglês) do Reino Unido e publicadas no site da revista científica "Eurosurveillance".

Em um estudo, os dados foram levantados em uma escola no sudoeste da Inglaterra. As crianças --de 11 e 12 anos de idade-- começaram a tomar a medicação depois que alguns colegas foram diagnosticados com gripe suína. Os pesquisadores investigaram dados de 248 crianças que tomaram o remédio apenas para prevenção da doença.

"Das crianças, 51% tiveram sintomas como náusea [31,2%], dor de cabeça [24,3%] e dor de barriga [21,1%].

Apesar de algumas crianças estarem doentes com algum tipo de sintoma parecido com os da gripe, nenhuma estava infectada com o vírus A (H1N1)", diz o estudo.

Segundo a pesquisa, 77% das crianças fizeram o tratamento completo com Tamiflu e 91% usaram o remédio por pelo menos sete dias seguidos.

Os cientistas disseram que os efeitos pesquisados são comuns e que "o desconforto dos efeitos colaterais precisa ser considerado" pelos pais que dão o Tamiflu para os filhos como forma de prevenção.

Outro estudo do HPA em três escolas de Londres, também publicado no "Eurosurveillance", com 103 crianças mostrou que 85 delas tomaram a medicação para se prevenir, depois que um colega de aula foi diagnosticado com a gripe.

Uma das escolas chegou a ficar fechada por dez dias.

Dos 85, 45 sofreram pelo menos um dos efeitos colaterais. Os mais comuns foram náusea (29%), dores estomacais ou cãibras (20%) e problemas de sono (12%), como insônia e pesadelos.

Outros 18% sofreram efeitos neuropsiquiátricos, como falta de concentração, sensação de confusão, pesadelos e "comportamentos estranhos".

O estudo foi conduzido em abril e maio passados, antes de o governo britânico parar de indicar o Tamiflu para prevenção.

Atualmente o remédio é usado apenas para tratamento de pessoas já infectadas ou com suspeita.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Rio de Janeiro tem 33 grávidas com suspeita de gripe suína

Do UOL Notícias*
Em São Paulo

A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro disse nesta segunda-feira (27) que há 33 mulheres grávidas no Estado com suspeita de gripe suína. Uma gestante de 28 anos morreu na última quinta-feira (23) no Hospital Geral de Bonsucesso, zona norte do Rio, com suspeita de ter contraído a doença. O bebê não resistiu e morreu na barriga da mãe

Antes, no dia 17 de junho, morreu no Estado uma mulher grávida de 29 anos, que tinha apresentado quadro de pneumonia.

A assessoria de imprensa da secretaria informou que os 33 casos suspeitos estão sob investigação, mas não deu informações sobre o estado de saúde das gestantes. Também não se sabe de onde elas são e se estão hospitalizadas.

Até a tarde de sexta-feira (24), o Ministério da Saúde contabilizava cinco mortes confirmadas por gripe suína no Rio de Janeiro. Começou a funcionar hoje no Estado um serviço por telefone e internet para orientar a população sobre a gripe suína e desafogar os hospitais públicos e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

*Com informações da Folha Online

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Ministro pede que grávida evite local fechado para não pegar gripe suína

da Folha Online

Hoje na Folha O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recomendou às pessoas, principalmente às grávidas, que evitem ficar em locais fechados. A sugestão foi feita como mais uma forma de evitar a gripe suína no país, que já causou 34 mortes desde maio.

Em programa de rádio, Temporão citou medidas como lavar as mãos, cobrir tosse e espirro com lenço descartável e não compartilhar objetos pessoais. E completou: "Eu diria que é uma recomendação inclusive para as mulheres grávidas evitarem ficar muito tempo em ambientes totalmente fechados. Porque esses ambientes podem permitir a circulação do vírus e aumentar a probabilidade de contaminação".

Reportagem da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal) informa que as gestantes estão no grupo de risco da doença. "As grávidas são mais vulneráveis ao vírus porque têm a imunidade reduzida", diz o infectologista Caio Rosenthal, do Instituto Emílio Ribas.

"No ambiente fechado, é mais fácil você se encontrar próximo de uma pessoa e é local onde existe dificuldade de dispersão do vírus", afirma Mauro Salles, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

O número de mortes no país subiu ontem para 34 --16 no Rio Grande do Sul, 12 em São Paulo, 5 no Rio e 1 no Paraná. Médicos infectologistas dizem que os ambientes fechados a ser evitados pelas gestantes são os sem janelas e aqueles onde há aglomeração. Citam como exemplo cinemas, teatros, ônibus, metrô, escritórios com ar-condicionado, shoppings, elevadores, bares, restaurantes, igrejas e supermercados.


Arte/Folha Online

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Frio no RS facilita propagação da gripe suína, dizem infectologistas UO

A queda nas temperaturas no Rio Grande do Sul --onde o Instituto de Meteorologia prevê mínima de -5ºC nesta sexta-feira (24) e no sábado (25)-- deverá facilitar a propagação da gripe suína --a chamada gripe A (H1N1). É o que dizem infectologistas.

"O resfriamento do corpo diminui as defesas pulmonares e facilita a infecção [pelo vírus influenza, que transmite as gripes]", diz o chefe do Serviço de Infectologia do Hospital Conceição, de Porto Alegre, Breno Riegel Santos.

As próximas seis semanas são tradicionalmente as com o maior número de pessoas com infecções respiratórias no Estado, segundo o professor de Epidemiologia da UFRGS, Luciano Goldani. "O vírus influenza tem uma maior durabilidade e propagação na temperatura baixa."

Ao contrário de México e dos Estados Unidos, onde o vírus A (H1N1) foi detectado no início da primavera, o Rio Grande do Sul deve enfrentar a circulação do novo vírus em pleno inverno, com as mais baixas temperaturas do ano.

Em São Paulo, a temperatura também deve despencar. No sábado, a mínima deve chegar a 7ºC na capital.

A Defesa Civil do Rio Grande do Sul prevê neve no planalto e na serra do noroeste do Estado. Não está descartada também neve em regiões que não contam tradicionalmente com o fenômeno. Geadas podem ocorrer em todas as regiões gaúchas, com exceção do litoral.

Triagem das amostras

A Secretaria de Estado da Saúde pretende agilizar na próxima semana a investigação dos casos suspeitos da nova gripe. As amostras para exame, que precisam ser encaminhadas ao Ministério da Saúde, devem passar por triagem no Laboratório Central do Estado. O órgão verificará se elas contém algum tipo de influenza para, então, enviar o material.

Número de mortes causadas pela gripe sobe para 34

São Paulo - O Ministério da Saúde informou hoje (23) que já são 34 as mortes causadas pelo vírus da gripe suína no Brasil. O número foi contabilizado com informações passadas pelas secretarias estaduais de Saúde até quarta. O Rio Grande do Sul tem o maior número de vítimas fatais: 16 no total. Nesta noite, mais cinco casos foram confirmados no Estado. Depois vêm São Paulo, com 12 mortes, Rio de Janeiro, com cinco, e Paraná, com uma.

O Ministério da Saúde comunicou também que, no período de 25 de abril a 18 de julho, 1.566 pessoas tiveram confirmadas a infecção pelo vírus influenza A (H1N1) em todo o País. Neste mesmo período foram recebidos mais de 8,3 mil casos suspeitos dos dois tipos de gripe, e que 528 foram confirmadas como gripe comum.

Uma análise epidemiológica feita pelo ministério mostra que a maior parte da população atingida, tanto pela gripe comum quando pela gripe A, está na faixa etária entre 20 e 49 anos (cerca de 60%). O informe avisa que a taxa de mortalidade é de 0,18 a cada 100 mil.

* do UOL Notícias

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Brasil tem 23 mortes por gripe suína; veja o mapa da doença no país


da Folha Online

A Prefeitura de Itapetininga (172 km de São Paulo) confirmou nesta quarta-feira a morte de uma pessoa na cidade em consequência da gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1). Com isso, chega a dez o número de mortes no Estado e a 23 no país, desde 28 de junho.

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Saiba quais são os sintomas da gripe suína

A vítima é um homem de 26 anos que morreu sábado (18). Segundo a prefeitura, ele era morador de São Paulo e viajava para Sarapuí (150 km de São Paulo) quando apresentou os sintomas da doença e foi internado em Itapetininga.
Arte/Folha Online

Segundo último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, na última quarta-feira, o Brasil tem 1.175 casos confirmados de gripe desde o dia 8 de maio. A maioria dos casos ocorreu em São Paulo (512), seguido do Rio Grande do Sul (135) e Rio de Janeiro (128).

Vítimas

As mortes por gripe suína foram confirmadas em quatro Estados: Rio Grande do Sul (11), São Paulo (10), Paraná (1) e Rio de Janeiro (1).

Rio Grande do Sul:

Uruguaiana:
- gestante de 36 anos - morreu no dia 16 de julho
- menina de 5 anos - morreu em 15 de julho
- caminhoneiro Dirlei Pereira, 35 - morreu dia 16 de julho

Santa Maria:
- serralheiro de 40 anos - morreu dia 17 de julho
- homem de 26 anos - morreu dia 13 de julho
- homem de 31 anos - morreu no início de julho

Passo Fundo:
- comerciante de 42 anos - morreu dia 8 de julho
- homem de 31 anos - morreu dia 8 de julho
- caminhoneiro Vanderlei Vial, primeira vítima da doença no país - morreu em 28 de junho

São Borja:
- caminhoneiro de 29 anos - morreu dia 6 de julho

Sapucaia do Sul:
- menino de 9 anos - morreu dia 5 de julho

São Paulo

Osasco:
- rapaz de 21 anos - morreu dia 11 de julho
- menina de 11 anos - morreu dia 30 de junho
- jovem de 23 anos

São Paulo
- mulher de 68 anos - morreu dia 12 de julho
- mulher, gestante, de 27 anos - morreu dia 14 de julho
- homem de 50 anos - morreu dia 13 de julho
- mulher de 44 anos - morreu dia 20 de julho

Itapetininga:
- homem de 26 anos - morreu dia 18 de julho

Região de Campinas
- mulher de 26 anos - morreu dia 17 de julho

Botucatu:
- homem de 28 anos - morreu dia 10 de julho

Paraná
- mulher - morreu dia 14 de julho

Rio de Janeiro
- mulher de 37 anos - morreu dia 13 de julho.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Gripe A: Chanceler italiano pede que se evite o 'alarmismo'

ANSA

MILÃO, 21 JUL (ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, afirmou hoje que não se deve difundir todo tipo de alarme, ao comentar o risco da propagação da gripe A (H1N1) no país.

"Não podemos absolutamente difundir alarmes", pontuou o chanceler, explicando que a Itália possui sites informativos sobre a situação da doença, como o www.viaggiareinformati.it e o www.dovesiamonelmondo.it.

Segundo Frattini, "todo turista faria bem em se registrar nos portais para ter informações sobre cada país onde há sintomas do vírus".

O ministro italiano da Saúde, Maurizio Sacconi, assegurou, por sua vez, que "está tudo tranquilo e sob controle".

"É uma situação absolutamente sob controle e não há nada para acrescentar", disse.

Dias atrás, no entanto, o vice-ministro da pasta, Ferruccio Fazio, havia declarado que a reabertura das escolas poderia ser atrasada e que ao final da pandemia, previsto para maio de 2010, o vírus A (H1N1) terá atingido quatro milhões de pessoas na Itália.

Fazio também comentou que o alarme contra a doença é injustificado, porque a nova gripe é muito leve e que a Organização Mundial da Saúde (OMS) e os países com casos da doença têm controle da situação.

De acordo com o último relatório da OMS, do dia 6 de julho, a Itália aparecia com 146 casos da doença e nenhuma morte.
UOL Celular

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Saúde foca ação em casos graves da gripe suína; país tem 15 mortes


As mudanças recentes no protocolo de atendimento da gripe suína do Ministério da Saúde revelam como a doença vem sendo tratada cada vez mais como epidêmica no Brasil. O objetivo primordial passou a ser evitar mortes --e, não mais, impedir a todo custo a disseminação do vírus pelo país.

Com quatro novos casos da doença no Rio Grande do Sul, subiu para 15 o número de pessoas mortas pelo vírus Influenza A (H1N1) no Brasil, desde do dia 28 de junho.

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Veja como lavar as mãos corretamente e se prevenir contra a gripe

Reportagem da Folha informa que o ministério passou a tratar quem está em estado grave em vez de tentar diagnosticar todo caso suspeito. A fim de diminuir a morbidade e não sobrecarregar o sistema de saúde, só os casos graves são levados para hospitais de referência a fim de confirmar a presença do vírus.

Segundo a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, a recomendação agora é para que a pessoa fique em casa por alguns dias, o que também é aconselhado na gripe comum. Isolamento, só hospitalar e para pacientes em estado grave.

Além disso, as unidades de saúde não precisam mais investigar vínculos do paciente com o exterior ou fazer a perguntas sobre viagens. Precisam só verificar se o paciente tem uma doença respiratória grave, não importa qual, para encaminhá-lo.

Pandemia

A OMS (Organização Mundial da Saúde) elevou o espalhamento da doença ao nível de pandemia devido ao seu alcance, a despeito das mortes que ela causou. Foram mais de 95 mil pessoas atingidas, em 120 países, com 429 mortes.

Na semana passada, a organização desistiu de contar os casos individuais de gripe suína e não irá mais emitir boletins globais sobre o número de doentes. Segundo a organização, manter a conta de infectados é muito dispendioso, pois o vírus se espalha rapidamente.

"Nas pandemias anteriores, os vírus gripais precisaram de mais de seis meses para se propagar tanto como aconteceu com o novo vírus A [H1N1] em menos de seis semanas", afirmou em um comunicado, a organização com sede em Genebra.

A estimativa do ministério é de que pandemia de gripe suína pode durar dois meses em grandes centros urbanos. Os cenários estão na terceira versão do documento "Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza", publicado em abril de 2006 pelo Ministério da Saúde.

Segundo o estudo, epidemias de influenza em grandes centros urbanos se caracterizam pelo início abrupto, atingem seu pico em duas ou três semanas e se prolongam até completar cinco a oito semanas. Isso significa que os números ainda vão piorar antes de melhorar.

A pandemia de gripe provocada pela nova variante do vírus A H1N1 poderá atingir entre 35 milhões e 67 milhões de brasileiros ao longo das próximas cinco a oito semanas. De 3 milhões a 16 milhões desenvolverão algum tipo de complicação a exigir tratamento médico e entre 205 mil e 4,4 milhões precisarão ser hospitalizados.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

Arte/Folha

domingo, 19 de julho de 2009

Evitar beijinhos e apertos de mãos para previnir gripe suína

Risco de pandemia de gripe suína modifica a etiqueta

Conter o espirro, lavar as mãos com frequência ou tentar não apertar as mãos e trocar beijos a toda hora: a OMS (Organização Mundial da Saúde) acrescentou novos itens aos códigos de conduta social para evitar uma pandemia (epidemia generalizada) da chamada gripe suína --o nome oficial é influenza A (H1N1).

Esses gestos cotidianos são básicos para as medidas de prevenção recomendadas pela OMS diante do novo vírus da gripe e são considerados pelos especialistas como essenciais e muito eficazes para conter a propagação.

Em meio a essas recomendações, a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, anunciou que ter desistido do costume de trocar três beijos ao encontrar uma pessoa. "É para mostrar que é preciso dar atenção a questões de higiene pessoal", afirmou, depois de ter colocado o mundo em estado de alerta 5 ante um risco iminente de epidemia, em escala de 1 a 6.

Como ela, o pessoal da agência foi convidado a evitar, ao menos por ora, trocar beijinhos ou apertar as mãos. A medida foi ampliada a todo o pessoal da ONU (Organização das Nações Unidas) em Genebra, onde milhares de pessoas de todas as nacionalidades se cruzam nos corredores, salões de reunião, escritórios e cafeterias. A única exceção à restrição do aperto de mãos é durante as reuniões diplomáticas, onde as boas maneiras são aplicadas dentro de uma condição de "boa higiene respiratória".

Lavar as mãos com frequência ao longo do dia diminui o risco de pegar o vírus e transmiti-lo a alguém, insiste. No que diz respeito às máscaras higiênicas, a OMS recomenda que sejam usadas pelos doentes e pelas pessoas que atendem esses pacientes. "Não há necessidade de usar a máscara se não estiver doente", afirmou a porta-voz.

A organização recomenda que os doentes com sintomas da doença evitem viajar e recorram imediatamente a um médico. "Se você estiver doente, se tiver algo parecido com gripe suína, é mais prudente ficar em casa até que melhore", aconselhou o médico da OMS, Keiji Fukuda.

sábado, 18 de julho de 2009

Tire dúvidas sobre a gripe suína, ou influenza A (H1N1)

O que é a gripe suína?
É uma doença respiratória altamente contagiosa que acomete os porcos, causada pelo vírus influenza A, do subtipo H1N1. O microorganismo responsável pelos casos atuais, no entanto, é uma mutação. Trata-se de um vírus híbrido, que contém material genético de vírus humanos, de aves e de suínos.

Quais os sintomas em humanos?
Os sintomas geralmente são similares ao da gripe comum. Eles surgem subitamente e incluem febre alta (igual ou acima de 38º), tosse, letargia, falta de apetite, irritação nos olhos, coriza (nem sempre pronunciada), dor de garganta (nem sempre pronunciada), dor de cabeça intensa, dor nos músculos e nas articulações. Podem ocorrer, também, náusea, vômitos e diarreia.

Como são definidos os casos suspeitos?
O Ministério da Saúde considera um caso suspeito da doença quando o paciente apresenta febre alta e tosse (podendo ter outros sintomas, como dor de cabeça, dores no corpo e dificuldade respiratória) até 10 dias após sair de países que reportaram casos, ou após ter contato próximo (nos últimos 10 dias) com pessoa classificada como suspeito de infecção.

Em quanto tempo, a partir da transmissão, os sintomas aparecem?
Os sintomas podem iniciar no período de 3 a 7 dias após contato com esse novo subtipo do vírus e a transmissão ocorre, principalmente, em locais fechados.

Quanto tempo antes e depois de apresentar os sintomas o paciente infectado pode transmitir a doença?<.b>
Os médicos acreditam que a transmissão pode ocorrer até 24 horas antes de os sintomas aparecerem e até dez dias depois.

Qual a diferença em relação aos sintomas da dengue?
Na dengue não há sintomas respiratórios, como coriza e tosse, e as dores no corpo podem ser mais pronunciadas.

Qual a diferença entre a gripe suína e a gripe comum?
A gripe suína é caracterizada pelos sintomas da gripe comum, mas pode causar vômitos e diarreia mais intensos.

A gripe suína pode matar?
A gripe comum mata entre 250 mil e 500 mil pessoas a cada ano, principalmente entre a população mais idosa, que possui a imunidade comprometida. As mortes em geral ocorrem por uma complicação da gripe, a pneumonia. A doença também pode predispor a infecções por bactérias.

Análises preliminares do vírus causador da gripe suína, o H1N1, sugerem que se trata de uma linhagem menos agressiva, portanto a letalidade seria baixa. Especialistas acreditam que seria necessária uma nova mutação para que o H1N1 causasse a alta taxa de mortalidade que alguns previam.

Como ocorre a transmissão?
A hipótese é de que a doença tenha sido contraída inicialmente por pessoas que tiveram contatos com criações de porcos. O problema é que essa variante do vírus permite o contágio entre humanos. A transmissão ocorre da mesma forma que na gripe comum: por via aérea, por meio de espirros e tosse. Ela pode ser direta (a pessoa inala as partículas que estão no ar) ou indireta (a pessoa toca em objetos que foram contaminados por tosse ou espirro e leva a mão à boca ou aos olhos, trazendo o vírus para dentro do corpo).

É possível contrair a doença comendo carne de porco?
Não. A gripe suína não é transmitida por alimentos. O cozimento da carne a 71º C destrói o vírus (para se ter uma ideia, o fogão comum atinge facilmente temperaturas superiores a essa).

Como é feito o diagnóstico?
Uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e enviada ao laboratório.

Como é o tratamento?
O CDC (Centro de Controle de Doenças), nos EUA, recomenda que a doença seja tratada com os medicamentos já usados na gripe aviária: o oseltamivir (Tamiflu) e o zanamivir (Relenza). Eles só podem ser prescritos pelo médico. A automedicação, alertam especialistas, pode fazer com que os remédios tenham efeito diminuído a longo prazo.

Como evitar a doença?
Caso você tenha que viajar para regiões em que há número elevado de casos registrados, como EUA, México, Canadá, Chile e Argentina, é recomendável usar máscaras cirúrgicas descartáveis em locais de grande circulação de pessoas, evitar aglomerações, evitar o contato direto com pessoas doentes, lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente após tossir ou espirrar, e evitar levar as mãos à boca e aos olhos.

O que fazer se estiver com suspeita da doença?
É preciso procurar um médico e informá-lo da suspeita, como por exemplo uma recente viagem a um país onde há casos registrados. A OMS recomenda que as pessoas com sintomas não saiam de casa e evitem aglomerações. É necessário repouso e ingestão de líquidos. É recomendado também que a pessoa cubra sua mão e o nariz quando for espirrar e lave as mãos com frequência.

Há uma vacina que possa proteger a população humana contra essa doença?
Ainda não existe vacina contra esse novo subtipo de vírus da influenza, mas os pesquisadores acreditam que ela estará pronta em poucos meses.

A vacina contra gripe comum protege contra a influenza A (H1N1)?
Não há, até o momento, nenhuma evidência de que a vacina contra gripe comum proteja contra gripe do vírus A (H1N1).

Por que a gripe suína parece ter sido mais letal nos EUA, México e Argentina?
Segundo especialistas, é possível que as pessoas tenham procurado tratamento em um estágio mais avançado, ou que já tivessem condições de saúde que facilitariam o agravamento da doença.

Fonte: CDC (Centro de Controle de Doenças nos EUA), OMS (Organização Mundial da Saúde), Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Ministério da Saúde, Gustavo Johanson (infectologista da Universidade Federal de São Paulo), Folha Online, Reuters e BBC Brasil

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Obama destina US$ 1,8 bilhão para combater gripe suína

da Reuters, em Washington

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, designou nesta quinta-feira uma verba emergencial de US$ 1,825 bilhão para o combate da gripe suína, denominada oficialmente gripe A (H1N1). Segundo o último balanço da OMS (Organização Mundial de Saúde), a nova gripe atingiu 33.902 pessoas no país e deixou 170 mortos.

Os recursos serão investidos em vacinas e no planejamento de campanhas de imunização, disse Obama, em uma carta à presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

"Para aumentar a capacidade da nossa nação de responder ao potencial alastramento desse surto, eu destino US$ 1,825 bilhão como fundo emergencial para combater as necessidades críticas relacionadas ao vírus emergente de influenza", escreveu o presidente.

A OMS havia dito mais cedo que a pandemia de H1N1 é a que se alastra com mais rapidez na história e que por isso deixaria de contabilizar cada caso. O último balanço data de 6 de julho passado.

A OMS afirmou que pelo menos 50 governos fizeram encomendas de vacinas. A responsável pela área de vacinas da organização, Marie-Paule Kieny, afirmou que o valor global em potencial do mercado está estimado entre US$ 10 bilhões e US$ 20 bilhões.

Sintomas

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório.

Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Temporão confirma circulação do vírus da gripe suína no Brasil; número de mortes sobe para 11

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília*
Atualizada às 19h19

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta quinta-feira (16) que o vírus da gripe suína está em circulação no Brasil, após o Ministério ter confirmado o primeiro caso de transmissão do vírus dentro do território nacional sem vínculo com o exterior.
Você mudou sua rotina por causa da gripe suína?


"No acompanhamento que realizamos diariamente, até então, todos os pacientes confirmados no Brasil mantinham a característica de ter visitado países em que há circulação do vírus ou contato com pessoas que voltaram de viagens internacionais. No dia de hoje, confirmamos o primeiro caso de transmissão da influenza A (H1N1) no Brasil sem esse tipo de vínculo. Trata-se de paciente do Estado de São Paulo que morreu no último dia 30 de junho. Esse caso nos dá a primeira evidência de que o novo vírus está em circulação em território nacional".

O ministro confirmou ainda que chegou a 11 o número de mortos por gripe A no país: 7 no Rio Grande do Sul, 3 em São Paulo e 1 no Rio de Janeiro. De sete exames que tiveram resultado nesta quinta, o ministro disse que "pelo menos quatro pessoas tinham doenças clínicas preexistentes", o que pioram o quadro.
Mais sobre o vírus

*
Só nesta quinta-feira (16), foram anunciadas sete mortes. "O Ministério da Saúde foi notificado hoje do resultado dos exames de cinco mortes que estavam em investigação no Rio Grande do Sul. Além disso, foi notificado da primeira morte no Rio de Janeiro de paciente com influenza A (H1N1) e de uma morte em São Paulo", disse Temporão.

Apesar da circulação do vírus no país, o ministro diz que a situação está sob controle. "Todas as estratégias que tínhamos que tomar para este momento já foram tomadas há quase três semanas. O Brasil se antecipou. Este é um fenômeno esperado na transmissão, particularmente com as características dos vírus influenza, que já vem ocorrendo em outros países".

Temporão reforçou que todos os casos graves serão tratados com a medicação adequada. "A confirmação serve para monitorar a doença, mas não para determinar o tratamento."

Repetiu ainda que os hospitais de referência "têm que estar disponíveis para os casos mais graves" e, por isso, as pessoas com quadro de gripe devem procurar os postos de saúde. A recomendação já tinha sido dada anteriormente, para se evitar uma superlotação nos centros de referência.

O médico Francisco Aoki, infectologista do Hospital das Clínicas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), afirmou que as pessoas não devem mudar seu comportamento significativamente. "A vida tem que continuar, seguindo-se as recomendações de manter a higiene, evitar aglomerações quando possível e manter uma boa alimentação e hidratação para que haja resistência no caso de uma eventual infecção", disse.

O ministro negou a existência de exame clínico que dê o resultado sobre a gripe A em horas. "São exames extremamente complexos, caros, realizados por pouquíssimas instituições na América Latina. No Brasil, apenas 3 laboratórios fazem estes exames."

Vítimas
Hoje foram confirmadas cinco mortes no Rio Grande do Sul. Duas mortes foram confirmadas no início da tarde em Passo Fundo (RS), pelo secretário de Saúde do município, Alberi Grando. As duas mortes ocorreram na semana passada, mas apenas hoje o hospital recebeu a confirmação dos exames do laboratório Oswaldo Cruz, do Rio de Janeiro. As vítimas são dois homens que viajaram à Argentina.

A Secretaria Municipal da Saúde de Uruguaiana (RS) confirmou a terceira morte por gripe suína no Estado. A vítima é o caminhoneiro Dirlei Pereira, 35, que esteve na Argentina e ingressou na cidade de Porto Xavier (RS) no dia 29 de junho. Como já apresentava sintomas de gripe, foi retido pelo órgão de vigilância sanitária.

Outras duas mortes foram confirmadas hoje no município de Santa Maria. Um deles era um operador de manutenção do Hospital de Santa Maria. O homem, de 36 anos, também exibia outras condições de saúde que agravaram o quadro: ele era diabético, hipertenso e tinha cardiopatia. A morte aconteceu no sábado mas só teve a causa confirmada hoje. Até o momento, são sete óbitos pela doença no Rio Grande do Sul.

Também foi confirmada a primeira morte no Rio de Janeiro. A vítima é uma mulher de 37 anos, que morreu no dia 14 de julho, mas cujo resultado apontando a doença foi divulgado hoje. A mulher foi internada em um hospital privado por sete dias e apresentou sintomas no dia 2 (febre, mialgia, tosse, dor de garganta e cefaleia).

Ela procurou o hospital no dia 7. O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil investigam os contatos da paciente.

A outra morte ocorreu em Osasco, na Grande São Paulo, que já havia registrado a morte de uma menina de 11 anos. A Secretaria de Saúde do município confirmou a morte de um rapaz de 21 anos, que morreu no dia 11 de julho após ficar internado 10 dias com quadro de pneumonia. Ele não tinha histórico de doenças graves e chegou a dar entrada no hospital duas vezes antes da internação. Na primeira ocasião foi diagnosticado com gripe comum e na segunda vez, com o quadro agravado, começou a ser medicado com antibióticos. Segundo o município o segundo caso não tem relação com o primeiro.

Até o momento, são 1.175 casos da doença confirmados em todo o país. Já haviam sido confirmadas duas mortes em São Paulo e duas no Rio Grande do Sul. O Ministério da Saúde acompanha 3.926 casos suspeitos no país. As amostras com secreções respiratórias dos pacientes estão em análise laboratorial. Outros 1.837 casos foram descartados.

Segundo a última atualização da Organização Mundial de Saúde (OMS), há 119.344 casos da nova gripe em 122 países. O número de óbitos é de 591, com uma taxa de letalidade de 0,50%.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Festas da gripe suína pelo mundo propagam o vírus para fabricar anticorpos

Le Monde
Paul Benkimoun

Será que não é melhor pegar desde já a gripe A (H1N1), enquanto ela ainda não é muito virulenta, do que esperar pela segunda onda do próximo outono, que pode ser mais grave?

Algumas pessoas que estão organizando "swine flu parties" [festas da gripe suína] nos EUA ou "grippe parties" no Reino Unido, já decidiram: essas reuniões têm por objetivo fazer com que as pessoas contraiam deliberadamente o vírus A (H1N1) para fabricar anticorpos e assim serem imunizadas antecipadamente. Uma vacinação natural, de certa forma, mas que os especialistas consideram como uma ideia não tão boa quanto pode parecer.

"Assim que ficamos sabendo, pelos dados epidemiológicos e pelas observações nos serviços hospitalares, que estávamos diante de uma forma de gripe benigna, esta questão veio à tona", explica o professor François Bricaire, que dirige no La Pitié-Salpêtrière (Paris) um dos serviços de referência para as epidemias infecciosas.

"Sabendo que poderíamos ter de enfrentar uma segunda onda mais grave no outono, não é totalmente ilógico pensar: 'Vamos deixar rolar, pois se muitas pessoas possuírem os anticorpos, isso simplificará a futura vacinação'".
Uma transmissão rápida

O vírus da gripe A (H1N1) não é muito virulento, mas se propaga rapidamente. Ele pode ser disseminado pelo ar por meio de uma tosse, um espirro, perdigotos. Ele também é transmissível por um contato mais próximo (aperto de mãos, beijo) com uma pessoa doente, ou encostando em objetos (maçaneta de porta, etc.) contaminados. Os sintomas se parecem com aqueles da gripe comum: febre, tosse, fadiga, dores no corpo.


O diretor da Escola de Estudos Superiores em Saúde Pública e epidemiologista, o professor Antoine Flahault também reconhece que "aqueles que pegarem logo a gripe A (H1N1) terão mais vantagens: de certa forma, eles terão sido vacinados antes dos outros. Ainda por cima, se eles tiverem uma gripe com complicações - o que não é o caso mais frequente na França - , talvez seja melhor que isso aconteça enquanto os hospitais não estiverem lotados".

O princípio da imunização natural por contato com uma pessoa portadora de um vírus surgiu nos países anglo-saxões em torno da varicela ou catapora ("chickenpox"). As "chickenpox parties" se expandiram até os anos 1990, enquanto não havia vacina para a doença: eram organizados lanches da tarde, reunindo as crianças em torno do paciente portador das pústulas que sinalizavam a infecção pelo vírus da família da herpes.

A ideia persistiu especialmente entre as famílias que eram contra as vacinas, ou entre aqueles que acreditavam que a imunidade natural era mais forte do que aquela provida por um produto concebido em laboratório. Ela continua a ser propagada por sites na internet, inclusive para a gripe. Seus defensores promovem um livro em especial, "The Great Influenza", de John M. Barry, publicado em 2004, que relata que as pessoas que contraíram a gripe espanhola em 1918, durante uma primeira onda relativamente moderada na primavera, haviam sido protegidas por dois episódios muito mais graves que ocorreram no decorrer do inverno.

O diretor dos Centros de Controle e de Prevenção das Doenças (CDC, sigla em inglês), Richard Besser afirma, a respeito das "swine flu parties", que "seria um erro grosseiro fazer com que indivíduos e crianças corram riscos. Trata-se de uma doença nova, emergente, e ainda estamos aprendendo sobre ela todos os dias".

Indo na mesma direção, o professor Flahaul acredita que "ainda não sabemos muito a respeito da virulência do vírus A (H1N1). Na França, por exemplo, os dados dos certificados de mortalidade só dão conta parcialmente do número de mortos provocados pela gripe, seja ela a gripe comum ou a causada pelo novo vírus". Na maioria das vezes, somente as complicações infecciosas da gripe (pneumonia, bronquite...) aparecem no documento.

Apanhar deliberadamente a gripe não é inofensivo. Ainda que os especialistas concordem em dizer que os números oficiais de casos confirmados e de mortes estão longe da realidade, os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que 4,5 casos em 1000 foram letais. "Se pegar a gripe a qualquer custo fosse remédio, aceitariam que este induzisse à morte nesse ritmo?", pergunta o Dr. Jean-Marie Cohen, coordenador nacional da rede de Grupos Regionais de Observação da Gripe (GROG).

E para além do possível benefício individual que uma pessoa poderia obter de uma contaminação precoce pelo vírus, é preciso também refletir em termos éticos: uma pessoa infectada pode transmitir o vírus ao seu redor e desencadear, entre os mais frágeis, uma doença potencialmente fatal. "Contrair deliberadamente o vírus A (H1N1)? Sinceramente, não faria isso nem por mim, nem por minha família", diz o Dr. Cohen. "Em compensação, não é um grande drama contraí-lo. Não há por que entrar em pânico, mudar seus hábitos ou seus planos, especialmente as férias". Uma atitude confirmada pelo professor Bricaire: "Minha filha me perguntou se deveria cancelar uma viagem prevista para a Argentina. Após consultar meus colegas pesquisadores, eu lhe disse para não cancelar".
UOL Celular

sábado, 11 de julho de 2009

Brasil tem ao menos cinco pacientes graves com gripe suína

O Brasil tem ao menos mais três casos de pessoas com gripe suína -- a gripe A (H1N1)-- internadas em estado grave, além dos outros dois casos de São Paulo. Duas são do Rio Grande do Sul -- primeiro Estado a registrar uma morte em decorrência da doença, no final de junho -- e uma de Minas Gerais.

Nesta sexta-feira à tarde, a Secretaria de Saúde de São Paulo informou que duas pessoas estão internadas na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no Estado --sendo uma delas na capital e outra no interior. Hoje também, foi confirmada a primeira morte por gripe suína em São Paulo --a segunda no país-- de uma menina de 11 anos, de Osasco (Grande São Paulo), que morreu no último dia 30 de junho.

Uma das pacientes em estado grave é a estudante de 14 anos de São Gabriel, no interior do Rio Grande do Sul, internada há três semanas em um hospital da cidade de Santa Maria. De acordo com o infectologista Alexandre Schwarzbold, ela se recuperou da pneumonia, mas sofre com lesões pulmonares.

O médico afirmou que ela também apresenta lesões musculares. Segundo ele, o sintoma não é comum nas pneumonias não causadas pelo A (H1N1), mas foi registrado nos casos graves da nova gripe no México.

Também no Rio Grande do Sul, um caminhoneiro de Itaqui está internado em estado grave na UTI da Santa Casa de Uruguaiana. O Estado ainda investiga se a morte de um caminhoneiro em São Borja tem relação com a doença.

Em Minas, o homem de 27 anos internado desde o último dia 29 em Belo Horizonte apresenta "quadro respiratório gravíssimo", segundo o Hospital das Clínicas da capital mineira.

O estado do paciente, que está na UTI e respirando com a ajuda de aparelhos, se agravou na última quarta. Ele é pós-graduando na PUC (Pontifícia Universidade Católica) de Minas e trabalha em Contagem (Grande BH).

Desde maio deste ano, foram confirmados 1.027 casos de pessoas infectadas no Brasil pela gripe --sendo 457 somente em São Paulo.

PABLO SOLANO
da Agência Folha
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Receita anti-gripe (Enviada por Margareth Brandão)

A pedido de um amigo de pesquisas no tempo do nosso saudoso e querido Corsini, do qual fui amigo (nos anos 70) e discípulo no começo dos anos 80 em Imunologia e Genética (Unicamp), vou repassar a todos a maneira mais correta e saudável de enfrentar essa Influenza A (erroneamente chamada de gripe suína).
O melhor que vc pode fazer é reforçar o seu sistema imunológico através de uma alimentação correta e saudável, no sentido de manipular sua imunidade, preparando suas células brancas do sangue (neutrófilos) e os linfócitos (células T) as células B e células matadoras naturais. Essas células B produzem anticorpos importantes que correm para destruir os invasores estranhos, como vírus, bactérias e células de tumores.
As células T controlam inúmeras atividades imunológicas e produzem duas substâncias químicas chamadas Interferon e Interleucina, essenciais ao combate de infecções e de tumores.
Bem vamos ao que interessa, ou seja quais alimentos são importantes (estimulam a ação do sistema imunológico e potencializam seu funcionamento).

* Antes de mais nada, tome pelo menos um litro e meio de água por dia, pois os vírus vivem melhor em ambientes secos e manter suas vias aéreas úmidas desestimulam os vírus. Não a tome gelada, sempre preferindo água natural e de preferência água mineral de boa qualidade.
* Não tome leite, principalmente se estiver resfriado ou com sinusite, pois produz muito muco e dificulta a cura.
* Use e abuse do Iogurte natural, um excelente alimento do sistema imunológico.
* Coloque bastante cebola na sua alimentação.
* Use e abuse do alho que é excelente para o seu sistema imunológico.
* Coloque na sua alimentação alimentos ricos em caroteno (cenoura, damasco seco, beterraba, batata doce cozida, espinafre cru, couve) e alimentos ricos em zinco (fígado de boi e semente de abóbora).
* Faça uma dieta vegetariana (vegetais e frutas).
* Coloque na sua alimentação salmão, bacalhau e sardinha, excelentes para o seu sistema imunológico.
* O cogumelo Shiitake também é um excelente anti-viral, assim como o chá de gengibre que destrói o vírus da gripe.
* Evite ao máximo alimentos ricos em gordura (deprimem o sistema imunológico), tais como carnes vermelhas e derivados.
* Evite óleo de milho, de girassol ou de soja que são óleos vegetais poli-insaturados.

Importante: mantenha suas mãos sempre bem limpas e use fio dental para limpar os dentes, antes da escovação.
Com esses cuidados acima e essa alimentação... os vírus nem chegarão perto de você.
Abraços,
6 de maio de 2009
(uma pequena contribuição para você enfrentar essa e qualquer gripe que porventura apareça no seu caminho).
Se achar útil por favor repasse aos seus amigos...

Prof. Dr. Odair Alfredo Gomes
Laboratório Morfofuncional
Faculdade de Medicina - Unaerp
Fone: 36036744 ou 36036795

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Governo restringe uso de medicação indicada para casos suspeitos de gripe suína M

ARCELA CAMPOS
Colaboração para a Folha Online, em Brasília

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou na tarde desta sexta-feira que o governo vai fazer um "uso racional" dos medicamentos para contenção da gripe suína --como é chamada a gripe A (H1N1).

"A medida do governo brasileiro [de restringir a internação e medicação a pessoas imunodeprimidas, idosos e crianças com menos de 2 anos, tomada na semana passada] revelou-se extremamente acertada. A medicação desnecessária pode levar a uma resistência ao vírus, como já ocorreu em três países, Dinamarca, Japão e Hong Kong", afirmou.

A nova orientação do governo é que as pessoas procurem os centros de saúde normalmente e não os hospitais de referência. "Precisamos garantir que existam leitos disponíveis para os que realmente precisam. Se for necessário, essas pessoas serão encaminhadas aos hospitais de referência."

"Começa a haver sinais de muito tempo de espera em muitos hospitais de referência. Essa pessoa poderia estar sendo atendida muito mais rapidamente em um centro mais perto de sua casa", afirmou Temporão.

O ministro faz um balanço desde 24 de abril. Segundo ele, nas últimas semanas, houve um aumento na procura pelos 68 hospitais de referência, nos quais há 900 leitos para internação de pacientes contaminados pelo vírus da gripe que evoluem com gravidade.

Temporão explicou que embora seja uma doença nova, o comportamento (transmissão e letalidade) da Influenza A se aproxima muito ao da gripe comum. "Quando leva a morte, é devido a alguma complicação. A maioria [dos contaminados] tem sintomas leves a moderados, evoluindo para cura."

Na última semana, subiu o número de casos autóctones, para 30% do total. Há três semanas, eram 6%. "O vínculo epidemiológico está em todos os casos, não há circulação do vírus no Brasil."

Estudo realizado pelo Instituto Adolfo Lutz, citado pelo ministro, concluiu que, das pessoas internadas com suspeita de gripe, 25% tinham a gripe comum; 24%, a gripe suína; e 50% não tinham nenhuma das duas doenças.

Temporão recomendou às pessoas com suspeita de contaminação que procurem centros de saúde mais próximos, como fariam no caso de gripe comum. "A avaliação clínica do médico é que define o que ocorrerá daí para frente."

Além disso, o ministro disse que o governo vai reforçar o monitoramento nas fronteiras secas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) estabeleceu presença em sete pontos na fronteira do Rio Grande do Sul. Além desses, haverá reforço de soldados do Exército em 15 localidades na fronteira do Estado, para orientar as pessoas que a atravessam.

"Não é um lugar de detenção das pessoas com algum tipo de sintoma", afirmou Jorge Hage, diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica. "Se alguém tiver um sintoma, imediatamente vai ser encaminhado a algum serviço de saúde.

Sintomas

No dia 11 de junho, a OMS (Organização Mundial da Saúde) anunciou que a doença atingiu o nível de pandemia (epidemia generalizada). O termo tem relação apenas com a ampla distribuição geográfica do vírus, e não com a sua periculosidade.

A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.

Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).