Jornais do Azerbaidjão (Blog N. 46 do Painel do Coronel Paim) - Parceria: Jornal O Porta-Voz

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Dengue - Dr. Leo Kahn

Leo Kahn

Virose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que pica apenas durante o dia, ao contrário do comum (Culex), que pica à noite. A infecção pode ser causada por qualquer um dos quatro tipos de vírus, que produzem as mesmas manifestações.
Em geral, o início é súbito, com febre alta, dor de cabeça e dores no corpo. É comum a sensação de cansaço, falta de apetite e, por vezes, náuseas e vômitos. Podem aparecer manchas vermelhas na pele, parecidas com as do sarampo, e prurido (coceira) no corpo. Também pode ocorrer algum tipo de sangramento (no nariz ou nas gengivas).



Em Destaque

 
 
 
 Não é transmitida diretamente de uma pessoa para outra. Atualmente, a doença é considerada um dos principais problemas de Saúde pública.
As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos. A dengue está se expandindo rapidamente e a grande preocupação é que, nos próximos anos, a transmissão aumente por todas as áreas tropicais do mundo se medidas eficientes não forem tomadas.
Os transmissores da dengue proliferam-se dentro ou nas proximidades de habitações, em qualquer ponto de água limpa (caixas-d’água, cisternas, latas, pneus, cacos de vidro, vasos de plantas). As bromélias, que acumulam água na parte central (aquário), também podem servir como criadouros. A transmissão é mais comum em cidades. Também pode ocorrer em áreas rurais, mas é incomum em locais com altitudes superiores a 1.200 metros.
O diagnóstico inicial é clínico, essencialmente por exclusão de outras doenças. Alguns exames (hematócrito, contagem de plaquetas) podem trazer informações úteis quando analisados por um médico, mas não comprovam o diagnóstico, uma vez que também podem estar alterados em várias outras infecções. A comprovação, se desejada por algum motivo, pode ser feita através de sorologia (exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus), que começa a ficar ‘positiva’ a partir do quarto dia de doença.
A dengue pode se apresentar de quatro formas. Dentre elas, destacam-se a dengue clássica e a febre hemorrágica:
Infecção inaparente – A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas, apenas uma ou duas ficam doentes.
Dengue clássica – É a forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Inicia-se de uma hora para a outra e dura entre cinco e sete dias. Há febre alta (39°C a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, manchas vermelhas na pele e dor abdominal.
Dengue hemorrágica – É grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea. Inicialmente, assemelha-se à dengue clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Assim que os sintomas de febre acabam, a pressão arterial cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
Síndrome de choque – É a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por grande queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa apresenta pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de consciência. Há registros de alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios, insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Sintomas
- Dor de cabeça, dor nos olhos, febre alta, dor nos músculos e nas juntas, manchas avermelhadas, falta de apetite, fraqueza e, em alguns casos, sangramento de gengiva e nariz.

Dicas
- Lave bem os pratos de plantas e xaxins, passando bucha para eliminar os ovos do mosquito. Uma boa solução é trocar a água por areia molhada nos pratinhos.
- Limpe as calhas e as lajes das casas.
- Lave bebedouros de aves e animais com escova.
- Guarde garrafas vazias de cabeça para baixo.
- Jogue no lixo copos descartáveis, tampinhas de garrafa, latas e tudo o que acumula água. O lixo deve ficar fechado.
- Em locais de maior ocorrência, use calças e camisas de manga comprida e repelentes contra insetos à base de Deet nas roupas e no corpo, sempre observando a concentração máxima para crianças (10%) e adultos (30%).
- Para reduzir a população do mosquito, é feita aplicação de inseticida através do fumacê, que deve ser empregado apenas quando ocorre epidemias. O fumacê não acaba com os criadouros e precisa ser sempre repetido para matar os mosquitos.
* Se você tem dúvidas sobre saúde, envie um e-mail para leo.kahn@uol.com.br ou visite o site www.vivaintegral.com.br 


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terça-feira, 5 de maio de 2015

Dos sete estados com epidemia de dengue, SP registra a pior situação

Ministério da Saúde aponta aumento da doença em mais de 200%.
Dados são em relação aos quatro primeiros meses do ano passado.

Filippo MancusoSão Paulo
A dengue já é uma epidemia em sete estados brasileiros. Um levantamento do Ministério da Saúde mostra que a doença aumentou mais de 200% em relação aos primeiros quatro meses do ano passado e São Paulo é, disparado, o estado com o maior número de casos.
No Hospital da Criança de Guarulhos, na Grande São Paulo, às 8 horas da noite, como do lado de dentro já está lotado, muitos pacientes aguardam atendimento lá fora.
A maioria tem os sintomas clássicos da dengue e as mães se queixam que o hospital têm poucos pediatras para atender um número muito grande de crianças com suspeita da doença.
Em todo o país, só este ano já foram confirmadas 229 mortes por dengue, 169 em São Paulo, estado com o maior número de casos. De cada 100 mil pessoas, 911 pegaram a doença, segundo a Organização Mundial de Saúde, 1/3 disso já é considerado epidemia.
Para Jean Gorinchteyn, infectologista do hospital Emílio Ribas, a situação é grave. “Eu acho que independente se isso é uma epidemia ou não, o número de casos é extremamente alto e todas as medidas, sejam elas governamentais, federais, estaduais ou municipais, de forma totalmente apartidária, assim como o apoio da população, são de extrema importância”.
Em Campinas, no interior do estado, já são mais de 30 mil casos confirmados de dengue. A identificação dos criadouros do aedes aegypti conta, inclusive, com o apoio da Guarda Municipal. Homens do Exército também ajudam, colocando telas em caixas d'água para evitar a proliferação do mosquito.
Em Santos, no litoral, são 941 casos confirmados e duas pessoas morreram por causa da doença no mês de março.
Depois de São Paulo, os estados com mais casos de dengue são Goiás, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro.
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