Jornais do Azerbaidjão (Blog N. 46 do Painel do Coronel Paim) - Parceria: Jornal O Porta-Voz

sábado, 30 de janeiro de 2016

NOVA ARMA CONTRA A DENGUE

Pesquisador Dr. Renan Marino fala sobre o PRODEN, novo medicamento homeopático ajuda na prevenção contra a doença.
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TVC/Abril.com.br
É importante ler este artigo onde o Professor Doutor Renan Marino fala sobre o remédio homeopático PRODEN, para auxiliar no tratamento da dengue. Em minha pesquisa sobre a Dengue e tudo o que envolve esta patologia de origem viral, estudei o vetor e seu comportamento, o vírus envolvido, o uso dos medicamentos caseiros, ‘Melão de São Caetano’ “Fedegoso’ e ‘Raiz de Picão’ e os princípios ativos, os sintomas da doença, as seqüências das epidemias, as reinfecções e o que ocorre no organismo do paciente, estudei também "os porquês" da permanência e o aumento da patologia: Descaso e ingerência da Saúde Pública...            Beatriz Antonieta Lopes
 
A Dengue é uma das doenças epidêmicas que mais preocupam os órgãos de saúde pública no Brasil, devido ao grande número de pessoas que continua contraindo a patologia todos os anos. No caso da dengue, a prevenção ainda é a melhor saída, mas quando a epidemia acontece, as ações precisam ser intensificadas, especialmente para o combate ao transmissor e para tratamento das vítimas.
 
Como auxiliar na terapêutica da doença, o Laboratório Almeida Prado lançou o Proden, um medicamento homeopático, desenvolvido a partir da associação do Eupatorium perfoliatum e o Phosphorus.
 
Para comentar sobre a eficácia do medicamento, entrevistamos o pesquisador Dr. Renan Marino, médico homeopata, mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), professor assistente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto e professor de Homeopatia no Instituto Homeopático François Lamasson de Ribeirão Preto.
 
O especialista revela como surgiu a idéia da invenção do Proden, projeto que começou em São José do Rio Preto (SP), em maio de 2001, a partir da administração de um medicamento homeopático preventivamente para controle de epidemia de Dengue na região, cujos resultados foram altamente positivos. Confira.
 
Desde quando desenvolver um medicamento homeopático que auxiliasse no tratamento da dengue foi tomado como objetivo?
 
Dr. Renan - O Projeto teve início em São José do Rio Preto (SP), em maio de 2001, com a administração de medicamento homeopático preventivamente para controle de epidemia de dengue no bairro Cristo Rei, que apresentava na época, maior incidência do município. Os resultados mostraram controle efetivo da situação, comparados aos dados estatísticos dos bairros-controle, na análise do fator de queda.
 
Qual o princípio do medicamento?
 
Dr. Renan - O Proden representa a associação sinérgica dos ativos: Eupatorium perfoliatum (experimentação patogenética realizada por Williamson, W. et Neidhard, em 1846, pelo Instituto Americano de Homeopatia, a partir de uma planta nativa do leste dos EUA, utilizada pelos índios no combate da “febre quebra-ossos”); Phosphorus (experimentação patogenética realizada por Hahnemann, C. F. S., em Dresden e Leipzig, 1828) e Crotalus horridus (experimentação patogenética realizada por Hering, C., em 1837, a partir do veneno da cascavel norte-americana).
 
Como age cada um desses ativos?
 
Dr. Renan - Eupatorium perfoliatum constitui o protótipo do quadro clássico da dengue, enquanto o Phosphorus, que possui manifesto tropismo hepático, confere integridade funcional ao órgão e explica sua ação em relação aos fatores de coagulação e fenômenos hemorrágicos, principalmente considerando recentes pesquisas que dão conta da presença de hepatite viral em 100% dos quadros de dengue, de acordo com Migowski. Enquanto o Crotalus horridus representa analogia perfeita em grau e similitude com a síndrome do choque da dengue graças a importantes alterações na permeabilidade vascular, hemoconcentração e falência circulatória.
 
A opção por realizar o estudo em um grupo da população de São José do Rio Preto (SP) teve apoio de alguma entidade ou governo?
 
Dr. Renan – Em maio de 2001 e março de 2007, a Secretaria Municipal de Saúde e Higiene de São José do Rio Preto implantou o programa de utilização de medicamento homeopático como auxiliar no combate à dengue, sempre enfatizando todas as medidas preconizadas pela Vigilância Sanitária para controle do vetor, atingindo os objetivos com excelentes resultados em ambas as ocasiões.
 
Como esse estudo evoluiu para um medicamento que pode ser utilizado por qualquer pessoa e não como uma fórmula individualizada?
 
Dr. Renan - A Homeopatia procede à individualização do quadro epidêmico como um todo e, pela própria definição, pressupõe um grande número de pessoas apresentando a mesma doença. Para tanto, utiliza-se do instrumento conceitual denominado “determinação do gênio epidêmico”, a partir da observação individualizada dos primeiros 20 casos ocorridos na comunidade. É importante destacar que a Homeopatia acumula experiência secular na abordagem de endemias e epidemias, conforme amplamente documentado em sua história.
 
Existe algum tipo de contraindicação?
 
Dr. Renan – Não existe contraindicação, já que a ação medicamentosa do Proden®, nome com o qual foi registrado o medicamento, ocorre de forma dinâmica e não em nível molecular, pois os princípios ativos não encontram-se presentes em concentração ponderável na dinamização 15 DH. Não há dados clínicos quanto ao uso na gestação, não devendo ser utilizado nesses casos, sem orientação médica. Quando empregado na vigência do quadro de dengue, atuará diminuindo a intensidade e duração dos sintomas, evitando a ocorrência dos quadros de maior gravidade com hemorragias e choque. Pode ser também administrado com finalidade preventiva conforme verificamos em nossos resultados, atuando a partir da susceptibilidade constitucional da população medicada.
 
Foram feitos testes pré-clínicos? Quais os testes exigidos pela Anvisa para homeopáticos? São iguais aos dos alopáticos?
 
Dr. Renan – Os testes pré-clínicos são os mesmos exigidos pela Anvisa para conceder o registro de qualquer medicamento, seja alopático ou não, e incluem ensaios toxicológicos em coelhos, camundongos e ratos.
 
Onde foram feitos? Como são feitos?
 
Dr. Renan – Foram realizados no Laboratório de Pesquisa em Fármacos, na Universidade Federal do Amapá, sob a coordenação do Prof. Dr. José Carlos Tavares Carvalho, segundo os protocolos clássicos de grupo-controle, administrando-se o Proden® na dose de 0,5 ml/animal, em tratamento agudo e subcrônico.  O medicamento mostrou-se seguro em relação à ocorrência de efeitos tóxico-colaterais nas espécies animais estudadas. As variáveis hematológicas e bioquímicas foram semelhantes em grupos-controle, exceto para a taxa de plaquetas que registrou significativo aumento (cerca de três vezes superior!) no grupo medicado com Proden®.
 
Quais as principais indicações do produto?
 
Dr. Renan – Conforme já afirmamos, o medicamento está registrado na Anvisa como auxiliar no tratamento da dengue, determinando diminuição da intensidade e duração dos sintomas e prevenção dos quadros hemorrágicos. Porém, nossa experiência em São José do Rio Preto e, principalmente em Macaé (RJ), onde foi empregado de acordo com orientação e metodologia utilizada por nós na Secretaria Municipal de Saúde e Higiene de São José do Rio Preto, em março de 2007, mostrou ação preventiva destacada em torno de 80%. 
 
Pessoas que já contraíram dengue podem tomar o produto novamente?
 
Dr. Renan – Pessoas que tiveram dengue por algum dos sorotipos devem sim tomar o medicamento, uma vez que ocorre apenas imunidade tipo-específico. Assim, imunidade por um determinado tipo não confere proteção a um tipo diferente.
 
Haverá alguma futura modificação no produto para acompanhar eventualmente a mutação do tipo de dengue?  Todos os sintomas de dengue, nos seus diversos tipos, são auxiliados pelo medicamento?
 
Dr. Renan – Todo quadro clínico de dengue, não importando a classificação etiológica em relação aos quatro sorotipos virais, é perfeito e suficientemente controlado pelo Proden®, uma vez que se trata de um verdadeiro específico antidengue, contemplando também todas as suas possibilidades de agravação.
 
Quando o produto foi aprovado pela Anvisa? E como está sendo feita sua comercialização?
 
Dr. Renan – O medicamento foi aprovado pela Anvisa conforme publicação no DOU – Diário
Oficial da União, em 08 de dezembro de 2008.
 
Em termos de custo, é um produto acessível à população?
 
Dr. Renan – Sim, o custo benefício é calculado com base no benefício que o medicamento traz à população. Dessa forma, o custo é de R$ 1,00 em média por comprimido e o tratamento custa em média R$ 30,00, dependendo do ICMS de cada Estado.

 Qual sua expectativa quanto ao papel desse produto no combate à epidemia de dengue que temos atualmente no Brasil?
 
Dr. Renan – O medicamento preenche amplamente todos os requisitos quanto à eficácia e custo/ benefício para ser indicado em larga escala a toda a população que se encontre em risco de epidemia de dengue, seja no Brasil ou em outros países, para tratamento da doença e até mesmo para prevenção de quadros mais graves
 
http://www.renanmarino.com/

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