Pesquisador Dr. Renan Marino fala sobre o PRODEN, novo medicamento homeopático ajuda na prevenção contra a doença.
TVC/Abril.com.br
É
importante ler este artigo onde o Professor Doutor Renan Marino fala
sobre o remédio homeopático PRODEN, para auxiliar no tratamento da
dengue. Em minha pesquisa sobre a Dengue e tudo o que envolve
esta patologia de origem viral, estudei o vetor e seu comportamento, o
vírus envolvido, o uso dos medicamentos caseiros, ‘Melão de São Caetano’ “Fedegoso’ e ‘Raiz de Picão’
e os princípios ativos, os sintomas da doença, as seqüências das
epidemias, as reinfecções e o que ocorre no organismo do paciente,
estudei também "os porquês" da permanência e o aumento da patologia: Descaso e ingerência da Saúde Pública... Beatriz Antonieta Lopes
A
Dengue é uma das doenças epidêmicas que mais preocupam os órgãos de
saúde pública no Brasil, devido ao grande número de pessoas que continua
contraindo a patologia todos os anos. No caso da dengue, a prevenção ainda é a melhor saída,
mas quando a epidemia acontece, as ações precisam ser intensificadas,
especialmente para o combate ao transmissor e para tratamento das
vítimas.
Como auxiliar na terapêutica da doença, o Laboratório Almeida Prado lançou o Proden, um medicamento homeopático, desenvolvido a partir da associação do Eupatorium perfoliatum e o Phosphorus.
Para comentar sobre a eficácia do medicamento, entrevistamos o pesquisador Dr.
Renan Marino, médico homeopata, mestre em Ciências da Saúde pela
Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (SP), professor
assistente do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina de São
José do Rio Preto e professor de Homeopatia no Instituto Homeopático
François Lamasson de Ribeirão Preto.
O
especialista revela como surgiu a idéia da invenção do Proden, projeto
que começou em São José do Rio Preto (SP), em maio de 2001, a partir da
administração de um medicamento homeopático preventivamente para
controle de epidemia de Dengue na região, cujos resultados foram
altamente positivos. Confira.
Desde quando desenvolver um medicamento homeopático que auxiliasse no tratamento da dengue foi tomado como objetivo?
Dr. Renan - O
Projeto teve início em São José do Rio Preto (SP), em maio de 2001, com
a administração de medicamento homeopático preventivamente para
controle de epidemia de dengue no bairro Cristo Rei, que apresentava na
época, maior incidência do município. Os resultados mostraram controle
efetivo da situação, comparados aos dados estatísticos dos
bairros-controle, na análise do fator de queda.
Qual o princípio do medicamento?
Dr. Renan - O
Proden representa a associação sinérgica dos ativos: Eupatorium
perfoliatum (experimentação patogenética realizada por Williamson, W. et
Neidhard, em 1846, pelo Instituto Americano de Homeopatia, a partir de
uma planta nativa do leste dos EUA, utilizada pelos índios no combate da
“febre quebra-ossos”); Phosphorus (experimentação patogenética
realizada por Hahnemann, C. F. S., em Dresden e Leipzig, 1828) e
Crotalus horridus (experimentação patogenética realizada por Hering, C.,
em 1837, a partir do veneno da cascavel norte-americana).
Como age cada um desses ativos?
Dr. Renan - Eupatorium
perfoliatum constitui o protótipo do quadro clássico da dengue,
enquanto o Phosphorus, que possui manifesto tropismo hepático, confere
integridade funcional ao órgão e explica sua ação em relação aos fatores
de coagulação e fenômenos hemorrágicos, principalmente considerando
recentes pesquisas que dão conta da presença de hepatite viral em 100%
dos quadros de dengue, de acordo com Migowski. Enquanto o Crotalus
horridus representa analogia perfeita em grau e similitude com a
síndrome do choque da dengue graças a importantes alterações na
permeabilidade vascular, hemoconcentração e falência circulatória.
A opção por realizar o estudo em um grupo da população de São José do Rio Preto (SP) teve apoio de alguma entidade ou governo?
Dr. Renan – Em
maio de 2001 e março de 2007, a Secretaria Municipal de Saúde e Higiene
de São José do Rio Preto implantou o programa de utilização de
medicamento homeopático como auxiliar no combate à dengue, sempre
enfatizando todas as medidas preconizadas pela Vigilância Sanitária para
controle do vetor, atingindo os objetivos com excelentes resultados em
ambas as ocasiões.
Como esse estudo evoluiu para um medicamento que pode ser utilizado por qualquer pessoa e não como uma fórmula individualizada?
Dr. Renan - A
Homeopatia procede à individualização do quadro epidêmico como um todo
e, pela própria definição, pressupõe um grande número de pessoas
apresentando a mesma doença. Para tanto, utiliza-se do instrumento
conceitual denominado “determinação do gênio epidêmico”, a partir da
observação individualizada dos primeiros 20 casos ocorridos na
comunidade. É importante destacar que a Homeopatia acumula experiência
secular na abordagem de endemias e epidemias, conforme amplamente
documentado em sua história.
Existe algum tipo de contraindicação?
Dr. Renan – Não
existe contraindicação, já que a ação medicamentosa do Proden®, nome
com o qual foi registrado o medicamento, ocorre de forma dinâmica e não
em nível molecular, pois os princípios ativos não encontram-se presentes
em concentração ponderável na dinamização 15 DH. Não há dados clínicos
quanto ao uso na gestação, não devendo ser utilizado nesses casos, sem
orientação médica. Quando empregado na vigência do quadro de dengue,
atuará diminuindo a intensidade e duração dos sintomas, evitando a
ocorrência dos quadros de maior gravidade com hemorragias e choque. Pode
ser também administrado com finalidade preventiva conforme verificamos
em nossos resultados, atuando a partir da susceptibilidade
constitucional da população medicada.
Foram feitos testes pré-clínicos? Quais os testes exigidos pela Anvisa para homeopáticos? São iguais aos dos alopáticos?
Dr. Renan – Os
testes pré-clínicos são os mesmos exigidos pela Anvisa para conceder o
registro de qualquer medicamento, seja alopático ou não, e incluem
ensaios toxicológicos em coelhos, camundongos e ratos.
Onde foram feitos? Como são feitos?
Dr. Renan – Foram
realizados no Laboratório de Pesquisa em Fármacos, na Universidade
Federal do Amapá, sob a coordenação do Prof. Dr. José Carlos Tavares
Carvalho, segundo os protocolos clássicos de grupo-controle,
administrando-se o Proden® na dose de 0,5 ml/animal, em tratamento agudo
e subcrônico. O medicamento mostrou-se seguro em relação à ocorrência
de efeitos tóxico-colaterais nas espécies animais estudadas. As
variáveis hematológicas e bioquímicas foram semelhantes em
grupos-controle, exceto para a taxa de plaquetas que registrou
significativo aumento (cerca de três vezes superior!) no grupo medicado
com Proden®.
Quais as principais indicações do produto?
Dr. Renan – Conforme
já afirmamos, o medicamento está registrado na Anvisa como auxiliar no
tratamento da dengue, determinando diminuição da intensidade e duração
dos sintomas e prevenção dos quadros hemorrágicos. Porém, nossa
experiência em São José do Rio Preto e, principalmente em Macaé (RJ),
onde foi empregado de acordo com orientação e metodologia utilizada por
nós na Secretaria Municipal de Saúde e Higiene de São José do Rio Preto,
em março de 2007, mostrou ação preventiva destacada em torno de 80%.
Pessoas que já contraíram dengue podem tomar o produto novamente?
Dr. Renan – Pessoas
que tiveram dengue por algum dos sorotipos devem sim tomar o
medicamento, uma vez que ocorre apenas imunidade tipo-específico. Assim,
imunidade por um determinado tipo não confere proteção a um tipo
diferente.
Haverá
alguma futura modificação no produto para acompanhar eventualmente a
mutação do tipo de dengue? Todos os sintomas de dengue, nos seus
diversos tipos, são auxiliados pelo medicamento?
Dr. Renan – Todo
quadro clínico de dengue, não importando a classificação etiológica em
relação aos quatro sorotipos virais, é perfeito e suficientemente
controlado pelo Proden®, uma vez que se trata de um verdadeiro
específico antidengue, contemplando também todas as suas possibilidades
de agravação.
Quando o produto foi aprovado pela Anvisa? E como está sendo feita sua comercialização?
Dr. Renan – O medicamento foi aprovado pela Anvisa conforme publicação no DOU – Diário
Oficial da União, em 08 de dezembro de 2008.
Em termos de custo, é um produto acessível à população?
Dr. Renan – Sim,
o custo benefício é calculado com base no benefício que o medicamento
traz à população. Dessa forma, o custo é de R$ 1,00 em média por
comprimido e o tratamento custa em média R$ 30,00, dependendo do ICMS de
cada Estado.
Qual sua expectativa quanto ao papel desse produto no combate à epidemia de dengue que temos atualmente no Brasil?
Dr. Renan – O
medicamento preenche amplamente todos os requisitos quanto à eficácia e
custo/ benefício para ser indicado em larga escala a toda a população
que se encontre em risco de epidemia de dengue, seja no Brasil ou em
outros países, para tratamento da doença e até mesmo para prevenção de
quadros mais graves
http://www.renanmarino.com/